Arnaldo Santos, a voz dos musseques

Jornalista, contista e poeta angolano, é membro destacado da chamada 'geração silenciosa'. Autodidata, descreve como ninguém a vida dos musseques da Luanda onde cresceu. Dirigiu o Instituto Nacional do Livro e do Disco e o Instituto Angolano de Cinema.

Arnaldo Moreira dos Santos nasceu em Luanda, em 1935, e passou a infância e a sua adolescência no bairro do Kinaxixe, local que influencia a sua escrita. É ainda na capital angolana que termina os estudos secundários, antes de, no final da década de 1950, se mudar para Portugal. Chegado a Lisboa, integra o Grupo de Cultura e priva com Amílcar Cabral, Castro Soromenho, Mário Pinto de Andrade, e outros autores da sua geração que frequentavam a Casa do Império.

Na década de 60 participa em várias publicações periódicas de Luanda como as revistas Cultura, Mensagem, ABC e Jornal de Angola. Publicou também poesias no Jornal O Brado Africano. Em 1968, recebe o Prémio Mota Veiga, pela publicação do livro de crónicas ‘Tempo de Munhungo’.

Para além de romancista e poeta, Arnaldo foi também jornalista. Exerceu as funções de Chefe de Redacção da revista Novembro e director do Jornal de Angola. Após a independência assume cargos públicos, tendo à sua responsabilidade a direcção do Instituto Nacional do Livro e do Disco e do Instituto angolano do Cinema.

É um dos membros fundadores da União de Escritores de Angola e em 2004, é distinguido com o prémio Nacional de Artes e Cultura de Angola, um galardão que todos os anos escolhe dez personalidades angolanas para incentivar a criatividade artística. O júri escolheu Arnaldo Santos pela “elevada qualidade estética e artística da sua obra literária”. ‘O Mais-Velho Menino dos Pássaros’ é o seu mais recente livro, publicado em março de 2014.

 

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Grandes Africanos
  • Tipologia: Programa de Televisão
  • Autoria: Milene Matos Silva
  • Produção: Companhia de Ideias para a RTP
  • Ano: 2014