Aves aquáticas: entre o ar e a água

Um dos melhores indicadores biológicos das zonas húmidas são as aves aquáticas. Se existem onde há água, isso é indício de que o ecossistema não está negativamente afectado. Vamos espreitá-las e ver mais de perto o mergulhão-de-crista.

As aves aquáticas são mais difíceis de monitorizar do que as outras aves. Isto porque vivem ou em mar aberto, ou em massas de águas doces ou salobras.
Há várias espécies destas aves, como por exemplo a galinha de água, a garça ou os mais comuns patos.

Vamos deter-nos um pouco no mergulhão-de-crista, com o seu longo pescoço vertical e o maior dos mergulhões.  Na Primavera exibe uma poupa, que lhe dá o nome, tem tons mais coloridos e pode ser observado aos pares. No Inverno, é o seu longo pescoço branco que se destaca e podem observar-se bandos maiores. Como bom mergulhão que é, esta ave mergulha e desaparece frequentemente do plano visual, para poder aparecer num ponto diferente da água em que está.

Entre Abril e Julho pode pôr cerca de cinco ovos, cuja incubação demora um mês e é solidariamente dividida entre macho e fêmea. O ninho onde isto ocorre é flutuante, mas nem por isso apresenta riscos para as crias: a manutenção é constante e firmemente solidificada pelos progenitores, qual berço jangada. Ao fim de três meses apenas, as crias já serão completamente autónomas.

 

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Ficha Técnica

  • Título: Vida Animal
  • Tipologia: Extrato de programa
  • Autoria: Luís Henrique Pereira
  • Produção: RTP
  • Ano: 2011