Mário Cláudio: “Sou mais ficcionista do que outra coisa”

Gosta de reinventar vidas reais, de acrescentar ficção mantendo a cronologia dos factos. Biógrafo criativo, começou por alterar o seu nome para ser escritor. Do advogado Rui Manuel Pinto Barbot Costa nasceu Mário Cláudio, autor multifacetado e premiado.

Sempre soube que o seu caminho era a literatura. Na escola, as redações eram elogiadas pelos professores e na adolescência já tinha a rotina da escrita. Para agradar à família, suspendeu a vocação, cursou Direito na Universidade de Coimbra e fez um mestrado em Londres, como bibliotecário.

Quando começou a advogar, pareceu-lhe que a atividade era de alguma forma incompatível com a de poeta e optou por criar um pseudónimo “não para esconder a identidade”, mas por acreditar que aquele que escreve é outro. Apesar de se considerar “mais ficcionista do que outra coisa”, o primeiro livro é um volume de poesia “Ciclo de Cypris”. A publicação é acompanhada ao longe, na Guiné, onde cumpria o serviço militar. Tinha 28 anos.

O autor de “Amadeo”, obra com a qual começa a ganhar notoriedade, deixa-se depois fascinar pela biografia, pela possibilidade de entrar na vida das pessoas e de se reinventar nelas também. Mário Cláudio, nascido em Venade, Paredes de Coura, em 1941, não resistiu a fazer a autobiografia. Aqui, revela-se em algumas histórias.

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Ficha Técnica

  • Título: Ler+ ler melhor - Biografia de Mário Cláudio por Mário Claúdio
  • Tipologia: Extrato de Magazine Cultural
  • Produção: Filbox produções
  • Ano: 2015