A matança da Páscoa

Duas a quatro mil pessoas, a maioria cristãos novos, morreram, em 1506, no espaço de alguns dias subjugadas pela raiva da população de Lisboa. Só a intervenção de tropas enviadas pelo rei pôs fim ao massacre.

O massacre começou no dia 19 de Abril de 1506. O país vivia uma época de seca prolongada e de surtos de peste. Na igreja do Convento de S. Domingos, na baixa de Lisboa, alguém jurou ter visto o rosto de um dos cristos iluminado sobre um altar. Assegurava que se tratava de um sinal de misericórdia divina e de futura bonança.

Um outro presente discordou e disse que se tratava de um simples reflexo do sol. Identificado como cristão-novo, foi agredido pela multidão e espancado até à morte.

Um frade dominicano prometeu 100 dias de indulgências a quem matasse os hereges e, durante três dias, Lisboa foi percorrida por multidões que pilharam, violaram e mataram cristãos recém-convertidos na sequência do decreto real de 1496.

O rei D. Manuel só conseguiu controlar a situação com o envio de tropas reais. Os bens dos principais responsáveis pelo massacre foram confiscados e o frade dominicano condenado à morte.

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Ficha Técnica

  • Título: O Massacre dos Judeus
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Lígia Veríssimo
  • Produção: 2006
  • Apresentação: Serenella de Andrade
  • Produção: RTP
  • Ano: 2012