Caldas da Rainha, paraíso dos refugiados da II Guerra Mundial

Para escapar à invasão alemã de 1940, Renée Liberman fugiu do Luxemburgo com os pais, numa viagem que terminou nas Caldas da Rainha. Era para ser apenas uma passagem, mas ficou para toda a vida.

A jovem, na altura com 16 anos, estava maravilhada com a iluminação das cidades e as montras repletas de produtos que não via no seu país de origem. De resto acabaria por conhecer o marido nas Caldas da Rainha, um médico português que dava assistência a estes estrangeiros.

Este foi um dos locais escolhidos pelo então governo português para alojar alguns dos milhares de refugiados que em 1940 entraram no país. Seria um dos paraísos perdidos referidos por aqueles que conseguiram escapar às invasões nazis, mas a sua presença também teria impacto junto dos portugueses.

As ruas, os hotéis e os cafés encheram-se de gente com diferentes costumes e modos de viver. O Hotel Lisbonense recebeu alguma desta estranha gente, em que  as mulheres fumavam, vestiam saias curtas e não usavam meias.

Nesta reportagem pode ouvir as declarações de Renée Liberman, ex-refugiada, e de José Pimentel, residente nas Caldas da Rainha.

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Ficha Técnica

  • Título: Refugiados da 2.ª Guerra Mundial
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Sandra Sá Couto
  • Produção: RTP
  • Ano: 1995