Manuel António Pina, poeta de todas as palavras

O poeta que gostava de gatos foi jornalista, cronista, escritor de ficção e de literatura infantil. Original e irreverente, Manuel António Pina (1943-2012) recebeu o prémio Camões, um ano antes de morrer.

Nasceu no Sabugal, concelho da Guarda, mas foi no Porto que escolheu viver. Tinha 17 anos e nunca mais de lá saiu. Em Coimbra fez o curso de Direito, embora preferisse Literatura. E foi por aí que fez caminho.

Dizia “nós somos as nossas palavras” e as dele, encheram livros numa carreira com mais de 30 anos. Jornalista e cronista no Jornal de Noticias, foi-o sempre. No outro ofício de escritor de ficção, de poesia, literatura infantil e teatro, revela-se ainda antes do 25 de Abril.

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Os primeiros livros “O  País das Pessoas de Pernas para o Ar” e “Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde” trazem à literatura portuguesa uma nova voz marcada pela originalidade, pela ironia e por um sentido de humor subtil e sem limites.

Por todo o trabalho foi distinguido com o Prémio Camões 2011, o mais importante galardão da literatura lusófona. E a todos os prémios – que foram muitos – , respondia com a mesma modéstia, mostrava-se sempre surpreendido com tanta popularidade. Dele dizem até hoje que era homem risonho, poeta maior que gostava de gatos. “Há um deus único e secreto / em cada gato inconcreto / governando um mundo efémero / onde estamos de passagem…”

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Ficha Técnica

  • Título: "Um Sítio Onde Pousar a Cabeça"
  • Tipologia: Documentário
  • Autoria: Alberto Serra
  • Produção: Terra Líquida Filmes
  • Ano: 2012
  • Realização : Ricardo Espírito Santo