Barrancos, terra de refugiados espanhóis

No verão de 1936, a aldeia de Barrancos, no Alentejo, foi invadida por refugiados espanhóis que escapavam da guerra civil. Ao contrário de outras zonas do país, as autoridades locais não os expulsaram, mas tentaram ajudá-los.

Na aldeia de Barrancos ainda há memórias claras da presença dos refugiados espanhóis, especialmente republicanos, que atravessaram a fronteira para fugir à guerra civil que devastava o seu país.

O conflito, que lavrou no país vizinho entre 1936 e 1939, opôs forças republicanas a nacionalistas e terminou com milhares de mortos. O Governo português apoiou os nacionalistas e costumava expulsar os refugiados ou entregá-los aos homens de Franco, mas em Barrancos nada disso aconteceu.

O tenente Seixas, comandante local da Guarda Fiscal, permitiu a criação de um campo de refugiados onde os fugitivos se abrigaram e receberam assistência. A população local também colaborou de todas as formas possíveis. O oficial seria mais tarde julgado por desobediência, mas conseguiu salvar cerca de 300 pessoas.

Nesta reportagem pode ouvir depoimentos de Maria dos Remédios e Francisca Aguda, habitantes de Barrancos e testemunhas dos acontecimentos; Dulce Simões, antropóloga; José Manuel Valadares e António Valadares, netos do tenente Seixas.

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Ficha Técnica

  • Título: Histórias da Guerra Civil de Espanha
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Ana Luísa Rodrigues
  • Produção: RTP
  • Ano: 2009