Viola amarantina, a música dos corações

Desaparecida durante séculos, até já lhe tinham esquecido o som, resgatado na construção de novas violas e por um professor, que no espaço de uma década, arrebanhou dezenas de alunos. Em Amarante recuperou-se em força a tradição da viola dos corações.

A viola amarantina, específica, como o nome indica, de Amarante, no norte de Portugal, é também apelidada de viola de dois corações, devido às aberturas frontais que a caraterizam. São feitas à mão, o que faz de cada instrumento uma peça única. As cordas, dez, são de aço, dispostas em cinco cursos.

A boca da viola tem a forma peculiar de dois corações que se crê estarem ligados a uma história de amor que envolve um trovador medieval. Pelos tempos foi passando sempre por um instrumento musical associado ao namoro, às provas de amor ou ao desgosto do mesmo.

Caída em desuso, muitos dos amarantinos nem sequer sabiam da sua existência. Foi o neto de um mestre construtor que recuperou o ofício antes dele se perder. E já em pleno século XXI um professor de música apaixonou-se pela viola e deitou mãos à obra. Hoje a tradição volta a tocar pelas mãos de dezenas de alunos.

Museu da Música Portuguesa, em Cascais
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Ficha Técnica

  • Título: OUTRAS HISTÓRIAS - A música dos Corações - temporada 2, episódio 23
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Isabel Pereira Santos / Carla Quirino / Rui Alves Castro / Paulo Nunes
  • Produção: RTP
  • Ano: 2019