A arte urbana de Keith Haring

Levou arte para as ruas de Nova Iorque e isso fez dele uma lenda. Os traços gráficos de Keith Haring espalharam-se pela cidade em graffitis e painéis publicitários do metro. Símbolos, desenhos, cores. Tudo é intenso na curta vida deste artista americano.

Keith Haring tinha esta ideia subversiva de que a arte devia ser para todos. Não lhe fazia sentido continuar a ser um artista de estúdio para apresentar os trabalhos no circuito fechado das galerias. Queria o grande público, por isso desafiou-se a usar o espaço da rua, onde todos passam e podem ver. Desenvolveu uma linguagem pictórica que explorou no graffiti e que, muito em breve, seria entendida e reconhecida.

Nestes anos oitenta, Keith, o rapaz da Pensivalnia contagiado pela agitação cultural de Nova Iorque, produzia cerca de 40 desenhos por dia. A primeira assinatura de rua foi um animal, parecido com um cão, depois veio o bebé com raios à volta. Imagens que ficaram virais, copiadas exaustivamente até se transformarem em eternos ícones populares.

Desenhos irónicos ou infantis, formas gráficas a preto e branco ou pintadas com cores fortes, figuras saídas da imaginação de Keith Haring que serviam também para o artista abordar temas sérios como a repressão étnica, a homossexualidade e a SIDA. Morreu em 1990, aos 32 anos infetado com o vírus do VIH.

É todo este universo fascinante que podemos revisitar numa reportagem realizada em 1995, quando em Lisboa se fez uma exposição com várias obras do artista americano. A peça, conduzida por Alexandre Melo, mostra ainda “vistas de Nova Iorque” filmadas em super 8 por Paulo Abreu.

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Ficha Técnica

  • Título: Magazine de Artes Visuais
  • Tipologia: Extrato de Programa Cultural
  • Autoria: Isabel Colaço e Alexandre Melo
  • Produção: Produção Zebra para a RTP
  • Ano: 1995