A descolonização, prioridade do MFA
Uma das prioridades do Movimento das Forças Armadas foi a independência das antigas colónias portuguesas em África. Constituiu uma das mais importantes consequências do 25 de Abril, e daquelas que mais impacto provocaram na sociedade portuguesa da época.
Com maior ou menor vigor, os territórios africanos colonizados por Portugal há muito que lutavam pela independência, o que aliás justificou as operações militares ali realizadas. Nos anos 50 e 60, vários foram os países europeus que permitiram tal intento, casos da França, Espanha e Itália, não só no continente africano como noutras áreas geográficas.
A pressão internacional para que isto acontecesse assumiu diversas formas, uma das quais foi a Conferência de Bandung (Indonésia, 1955), na qual 29 países, africanos e asiáticos, discutiram a possibilidade de criar uma força política internacional com base no Terceiro Mundo, e como oposição aos blocos norte-americano e soviético. Também nas Nações Unidas a postura portuguesa foi alvo de críticas, tendo a organização criado, em 1961, um Comité de Descolonização que visava forçar Salazar a aceitar esta alteração.
A independência das colónias portuguesas em África iniciou-se em 1973, com uma declaração unilateral por parte da Guiné-Bissau, tendo os restantes territórios esperado por 1975 para se formarem como novos países – incluindo-se aqui Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
O “Dicionário de Abril” é uma série de pequenos programas dedicados ao 25 de abril de 1974 e ao período de instauração do regime democrático em Portugal, produzidos a partir de imagens de arquivo.
Ficha Técnica
- Título: Dicionário de Abril - Letra D
- Tipologia: Programa
- Autoria: António Reis/ Maria Inácia Rezola/ Paula Borges
- Produção: Braveant/ RTP
- Ano: 2012