Agostinho da Silva entrevistado por Herman José

Herman José descobriu a poesia do professor Agostinho da Silva e o gosto em comum por gatos. Estes, na sua simplicidade, podem ser um exemplo para os homens. Deus, religião e as contrariedades da vida, foram igualmente temas desta "conversa vadia".

A serenidade de Agostinho da Silva tem um segredo: Se a vida o “apanhar pelo cachaço como a um gato” e o obrigar  a fazer coisas difíceis,  só há uma coisa a fazer: manter a calma ou fazer parecer que a temos.

A solução para as contrariedades da vida é não ficar preso a elas e encontrar o lado positivo. O professor diz que a própria vida pode ser mais inteligente que nós: podemos ser como uma pedra que, quando trabalhada por um cinzel, se transforma em estátua e, as dificuldades podem afinal, ser um degrau para alcançarmos outro patamar.

Agostinho da Silva diz ser um homem de convicção, algo que se sente e que não há maneira de evitar. Gosta de gatos porque se cumprem naquilo que são: dão imediatamente a ideia daquilo que parecem ser. Pode-se aplicar esta filosofia a toda a gente: o de se cumprir, não de “cumprir” como um militar algo imposto de fora, mas aquilo que veio com a pessoa. Trata-se de se cumprir a si mesmo.

Herman José desvendou mais um pouco do pensamento de Agostinho da Silva com algumas aplicações práticas para a sua filosofia.

 

 

 

 

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Ficha Técnica

  • Título: Conversas Vadias
  • Tipologia: Série
  • Autoria: RTP
  • Produção: RTP
  • Ano: 1990