Arte rupestre na Serra da Gardunha

A descoberta aconteceu de forma acidental, quando uma equipa de sapadores que realizava uma limpeza de mato na Serra da Gardunha, encontrou alguns círculos concêntricos numa rocha de granito.

Os especialistas consideram que os achados mais antigos poderão ter sido realizados entre o período Calcolítico e a Idade do Bronze, há cerca de cinco mil anos, enquanto os mais recentes podem datar da Idade do Ferro, e terão cerca de três mil anos.

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Os achados enquadram-se no que é designado como Arte Atlântica, e tem paralelos com a gravuras do mesmo período na zona do Vale do Tejo. Os círculos encontram-se numa área de difícil acesso e estão dispersos por várias formações rochosas, algumas partidas. Isto levanta a possibilidade de existirem nas imediações gravuras  semelhantes, pois a experiência dos arqueólogos é que este tipo de murais costuma estender-se por espaços bastante amplos.

O levantamento, catalogação e programa de proteção das imagens está a ser liderado pelo Museu Arqueológico Municipal do Fundão. Este achado junta-se aos vestígios de arte Paleolítica, Neolítica, Calcolítica, Idade do Bronze e do período Romano assinalados naquela zona.

Nesta reportagem pode ouvir declarações de Francisco Martins, sapador florestal; David Caetano, Associação Caminheiros da Gardunha; Diamantino Gonçalves, fotógrafo e Pedro Salvador, diretor do Museu Arqueológico do Fundão.

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Ficha Técnica

  • Título: Descoberta de gravuras rupestres na Serra da Gardunha
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Paulo Braz
  • Produção: RTP
  • Ano: 2019