Burro de Miranda: o renascer de uma raça
É uma raça autóctone do nordeste transmontano. Depois de quase ter sido extinto, o Burro de Miranda é hoje alvo de um processo de conservação do seu património genético, mas também como importante valor cultural.
O burro (Equus asinus) é um fiel companheiro do homem desde os tempos do neolítico. Instrumento do trabalho agrícola, foi perdendo importância ao longo dos séculos. Há, no entanto, algumas regiões, como é o caso de Trás-os-Montes, onde ainda sobrevivem raças autóctones, como é exemplo o Burro de Miranda, presente nos concelhos de Mogadouro, Vimioso e Miranda do Douro.
Singularidades de Um Território e de Uma Língua
A raça asinina de Miranda possui caraterísticas que a distinguem com animais com pelagem comprida castanha escura, de grande porte e com patas grossas, o que lhes permite uma boa adaptabilidade a terrenos e climas agrestes. São animais dotados de grande força, mas também reconhecidos pelo seu temperamento dócil.
Depois de um período de quase extinção, o efetivo desta raça tem vindo a crescer graças ao trabalho desenvolvido por diversas entidades, entre elas a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino. Desde o início de século XXI que se dedica a estudos técnico-científicos da raça e promove um trabalho de incentivo junto dos criadores por forma a valorizarem e dignificarem este animal.
À sombra do burro entra o cão no moinho? É provérbio!
“Bichos”, de Miguel Torga
Temas
Ficha Técnica
- Título: Faça Chuva ou Faça Sol - temporada 8, episódio 12
- Tipologia: Excerto de Programa
- Produção: Wisdom Pixel
- Ano: 2024
