Casa-Museu Miguel Torga

Numa zona alta de Coimbra donde via a serra a lembrar as paisagens da aldeia natal, Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga de pseudónimo, construiu a sua casa. O escritório, a máquina de escrever, o divã "sarcófago": tudo permanece como no tempo em que lá viveu.

Esta casa é uma peça biográfica, “um retrato físico” do médico-escritor que nasceu em 1907  em São Martinho da Anta, Trás-os-Montes, e viveu mais de 40 anos em Coimbra. Um lugar de intimidade e de escrita, construído à medida de Miguel Torga e da sua mulher, Andrée Cabrée Rocha. Logo à entrada somos recebidos pela urze bravia dos montes transmontanos, a torga, que adotou para pseudónimo e ali plantou, a marcar a sua segunda terra. O nome próprio que o autor de “Contos da Montanha” e “Bichos” escolheu para si, Miguel, é uma homenagem aos dois espanhóis que mais admirava:  Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno.

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Entramos no número 3 da praceta Fernando Pessoa. Os objetos pessoais conservam a memória dos dias passados à escrivaninha, onde redigiu grande parte dos seus livros.  No escritório, a única divisão com lareira, vemos a caneta de tinta permanente,  a máquina de escrever Royal e o divã que chamava “o meu sarcófago”. O acervo inclui documentos, fotografias, primeiras edições assinadas, algumas ainda como Adolfo Rocha. E há todo o mobiliário descoberto em peregrinações a antiquários, cerâmica, pintura, escultura; algumas obras de arte representam o próprio escritor. Permanece tudo igual, como no tempo em que lá vivia o homem que se agarrava à terra como se fosse a raiz de um arbusto.

 

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Ficha Técnica

  • Título: Ler+ ler melhor - Casa Museu Miguel Torga
  • Tipologia: Extrato de Magazine Cultural
  • Produção: Filbox produções
  • Ano: 2012