Costa Gomes, segundo presidente da democracia

Sucedeu a Spínola, exercendo o seu mandato de forma conciliadora numa altura difícil, de grande convulsão. Dirigiu as operações militares em Angola e Moçambique e já defendia, nos anos sessenta, que a solução para a guerra colonial era política.

Até á revolução, Francisco da Costa Gomes tinha-se destacado como militar de carreira incumbido de tarefas de grande responsabilidade, como a chefia das regiões militares de Moçambique (entre 1965 e 1969) e Angola (1970 a 1972). Neste período conseguiu limitar as capacidades dos movimentos de oposição ao regime, demonstrando uma visão estratégica que o levava a afirmar, mesmo antes dessas missões, que a guerra colonial devia ser resolvida pela via política e não pela força.

Com o 25 de Abril de 1974 tornou-se membro da Junta de Salvação Nacional, retomando a chefia do Estado Maior General das Forças Armadas, da qual tinha sido afastado menos de um mês antes por se recusar a comparecer a uma cerimónia de apoio ao regime por parte de elementos que ficaram conhecidos como a “brigado do reumático”.

Substituiu António de Spínola na presidência da república, assumindo o cargo durante 22 meses de grande tensão. Apesar de ter sido acusado de falta de capacidade decisória, Costa Gomes conseguiu garantir a realizar das primeiras eleições livres e evitar o agravamento dos problemas políticos e sociais que caracterizaram, sobretudo, o ano de 1975.

“Dicionário de Abril” é uma série de pequenos programas dedicados ao 25 de abril de 1974 e ao período de instauração do regime democrático em Portugal, produzidos a partir de imagens de arquivo.

 

 

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Dicionário de Abril - Letra F
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: António Reis/ Maria Inácia Rezola/ Paula Borges
  • Produção: Braveant/ RTP
  • Ano: 2012