Leopoldo Amado, o especialista na Guiné Bissau
Historiador influente e especialista em assuntos africanos, começou por ser professor do ensino básico em zonas menos favorecidas da Guiné Bissau, como Cachiungo e Bafatá. Após estudos superiores em Portugal, é como investigador e consultor que se destaca.
Leopoldo Amado nasceu a 19 de junho de 1960, em Catió, cidade do sul da Guiné-Bissau. Aquele que viria a ser um influente historiador e especialista em assuntos africanos, trabalhou como professor primário em Canchungo e Bissau, e em 1979 assume a tarefa de professor do ensino básico complementar na Escola Justado Vieira. Já em 1980 passa a ensinar no Liceu Regional de Bafatá. Em 1981, já em Portugal, inicia a sua licenciatura em História, na Universidade de Lisboa. Mas Leopoldo Amado concluiu o curso de pós-graduação em Relações Internacionais, e entre esse ano e 1989 frequentou o curso de mestrado em Estudos Africanos no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Técnica de Lisboa.
Nos anos que se seguiram, Leopoldo Amado desempenhou as mais variadas funções. Na sua terra natal, foi investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, director comercial de uma grande empresa privada, Vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, além de consultor de entidades como a UNICEF, União Internacional para a Conservação da Natureza, Amnistia Internacional, ou CPLP. Ao mesmo tempo, foi comentador político e correspondente da BBC, RFI, Voz de América, RDP África e ainda diretor do mensário Baguera, e mais tarde da revista cultural Tcholoná. Em 2007, regressa às salas de aula portuguesas para um doutoramento em História Contemporânea, na Universidade de Lisboa. Em 2010 assume a presidência da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Cabo Verde. Atualmente é diretor executivo do Instituto Amílcar Cabral, e exerce na Universidade do Porto os cargos de investigador auxiliar do Centro de Estudos Africanos, e o de professor convidado da Faculdade de Jornalismo.