Os caminhos para perceber a demência
Quando a memória desaparece, aquilo que consideramos ser a pessoa também desaparece. A progressiva perda de capacidades cognitivas, ou demência, como é geralmente referida, é um problema que está no centro da preocupação de vários cientistas portugueses que tentam perceber como surgem e se desenvolvem as várias doenças que causam este tipo de distúrbios.
O Alzheimer, uma alteração neurológica que causa perda de memória e o declínio cognitivo progressivo, é a patologia mais frequente entre os doentes atingidos por este tipo de doenças, mas existem diversas enfermidades que causam problemas semelhantes, como é o caso de acidentes vasculares em diferentes pontos do cérebro.
São as marcas deixadas por estas doenças e a forma de as detetar que são estudadas em locais como o Banco Português de Cérebros ou a Fundação Champalimaud. No primeiro, estudam-se dezenas de cérebros doados, e no segundo aperfeiçoa-se tecnologia que permite detetar com antecedência os distúrbios que podem atingir aquele importante orgão.
Estes estudos são de grande importância não só para entender a evolução das diversas enfermidades, mas também para diagnosticar de forma mais correta os problemas que podem vir a surgir.