Os Lusíadas: um poema épico e crítico

O poema de Luís de Camões é uma celebração da pátria, do império que alargou o mundo partindo para o desconhecido. Mas "Os Lusíadas" não é só a exaltação de uma epopeia. Para Helder Macedo, especialista camoniano, a obra é também uma crítica ao poder.

A poesia de Luís de Camões espelha o seu conhecimento e visão do mundo. O seu discurso épico em “Os Lusíadas” revisita épocas gloriosas do passado com uma linguagem nova, fundadora do português moderno. A viagem de Vasco da Gama à Índia é a aventura primeira dos Descobrimentos ilustrada na obra com histórias míticas que, verso a verso, canto a canto, fazem dela uma obra única, convertida em poema nacional e profético do destino de um povo.

Nesta entrevista de quatro minutos, o romancista, poeta e ensaísta Helder Macedo defende que a obra deve ser lida não apenas como elogio aos feitos dos portugueses, mas também como uma obra subversiva. Porque, sublinha, Camões era um homem subversivo, um poeta da incerteza.

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Ficha Técnica

  • Título: Câmara Clara
  • Tipologia: Extrato de Programa Cultural
  • Autoria: Paula Moura Pinheiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2007