A indústria no fim da monarquia
No final do século XIX, Portugal continuava a ser um país rural com pouca indústria que utilizava sobretudo matérias primas fornecidas pelo campo, nomeadamente lãs e a cortiça.
O Ultimato Inglês teve por consequência o estabelecimento de um conjunto de leis proteccionistas defendidas por Oliveira Martins que, em 1892, contribuíram para um novo surto industrial no país. Muitos dos engenhos destas fábricas continuaram a ser movidos através de energia hidráulica, mas também há um reforço do número de máquinas a vapor.
Curiosamente é deste período o primeiro filme português, tendo por tema a saída dos operários da Fábrica Confiança, no Porto.
Muitas vezes a mecanização recebe forte resistência do operariado que teme perder o emprego. Por outro lado encontra-se muito desprotegido, sujeitando-se a condições de trabalho desumanas, sem horários e sem direito à greve. O recurso à mão de obra infantil é recorrente.
Nas principais cidades do país constroem-se centrais elétricas e o Porto é a primeira cidade portuguesa onde se instalam carris nas ruas para os carros elétricos.
Ficha Técnica
- Título: História da Indústria em Portugal - Democracia, autoritarismo, industria controladora
- Tipologia: Extrato de Programa
- Produção: RTP/ AEP
- Ano: 2000