Deus Cérebro
Cérebro, a evolução – do tamanho às capacidades
Não é apenas a tecnologia do século XXI que é exponencial, também o cérebro humano percorreu um caminho surpreendente, sendo o órgão de mais rápido crescimento da história da humanidade. O que terá estado na origem deste fenómeno? O que distingue o nosso cérebro do cérebro dos animais? Qual o papel da alimentação e da socialização no desenvolvimento humano?
Ao longo de milhões de anos, o cérebro humano triplicou de tamanho e foi-se distanciando das medidas e das capacidades dos restantes animais. Mas é principalmente a quantidade de neurónios, tal como a impressionante rede de circuitos nervosos que se interligam que nos distingue em termos de aptidões cognitivas. O cérebro do Homem além de controlar o comportamento físico, permite captar sentimentos, gravar memórias e, sobretudo, tem a capacidade de antecipar acontecimentos, o que dá aos humanos possibilidade de programar o futuro.
O cérebro retém cerca de um quarto da energia consumida pelo ser um humano. A alimentação assume, por isso, um papel determinante. Acreditam os cientistas que só foi possível à espécie dar um salto evolutivo quando os primatas que deram origem ao Homo erectus deixaram as árvores e passaram, no solo, a ser carnívoros. Em conjunto com a descoberta do fogo, os alimentos começaram a ser cozinhados, o que permitiu uma maior ingestão de calorias. Mais energia, logo mais capacidade cerebral.
A evolução do cérebro humano – crê-se – está também relacionada com a socialização. O número de indivíduos que compõem a rede social de uma espécie está diretamente ligado a alterações associadas à cultura, à complexidade linguística e a todo o género de progressos. Basta comparar o ambiente que rodeia o ser humano de hoje, traduzindo-o em impulsos ao desenvolvimento mental, em relação ao que era a vida do homem das cavernas.