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Regras de nomenclatura biológica

Regras de nomenclatura biológica

A Sistemática é o ramo da Biologia que se ocupa das relações de parentesco entre os organismos vivos, recorrendo à Taxonomia para a definição dos grupos com base em afinidades entre eles. A Nomenclatura, por sua vez, estabelece os princípios que regem a atribuição de nomes científicos para todos os seres vivos e para as categorias em que estão organizados.

Os grupos hierárquicos utilizados para a organização dos seres vivos designam-se por categorias taxonómicas (taxon, no singular e taxa, no plural). Existem sete:  

  • Reino,  
  • Filo (animais) ou Divisão (plantas),  
  • Classe, 
  • Ordem,  
  • Família, 
  • Género e  
  • Espécie.  

Trata-se se um sistema hierarquizado pois o Reino contém os Filos; os Filos contêm as Classes, as Classes contêm as Ordens e assim, sucessivamente, até à Espécie.  

À medida que progredimos do Reino para a Espécie, o número de indivíduos, por taxon, diminui e o grau de semelhanças vai sendo cada vez maior.  O Reino é, pois, o taxon mais abrangente com a maior diversidade de organismos e a Espécie, sendo a base da classificação, é o único agrupamento natural (único que existe naturalmente) e cujo conceito biológico é: conjunto de organismos, com as mesmas caraterísticas (partilham o mesmo fundo genético), que, podendo cruzar-se entre si, originam descendentes férteis. Entre as sete categorias principais, consideram-se ainda outras intermédias acima (super) e abaixo (infra e sub) – Superclasse, Infraordem, Subespécie. 

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A atribuição de nomes científicos aos seres vivos segue um conjunto de regras, revistas periodicamente, por comissões de cientistas de todo o Mundo. A nomenclatura científica utiliza as seguintes normas:  

  • a escrita dos nomes é sempre em latim (facilita a comunicação, sem erros, entre todos e, por ser uma língua morta, não sofre mais alterações) e em itálico (se o texto é manuscrito, os nomes são sublinhados);  
  • para a espécie, com nomenclatura binominal, o primeiro nome, género, deve ser escrito com inicial maiúscula e o segundo nome, restritivo ou epíteto específico, só com minúsculas, seguidos do nome do autor que primeiro descreveu e designou a espécie (com inicial maiúscula, sem itálico nem sublinhado, por extenso ou abreviadamente) e da data de publicação antecedida por uma virgula (por exemplo: Canis lupus Lineu, 1758); 
  • no caso dos taxa superiores à Espécie, a designação é uninominal e na Subespécie é trinominal (nome da espécie seguido de um terceiro termo – o restritivo ou epíteto subespecífico). Num texto, quando o nome da Espécie surge pela primeira vez deve ser escrito na íntegra; depois, ao longo do texto, pode abreviar-se, limitando o nome do Género à sua inicial maiúscula. O restritivo específico, por sua vez, deve ser sempre escrito por inteiro. 

Atualmente, existem comissões internacionais de taxonomistas que gerem classificação dos seres vivos. Deste modo, evita-se a repetição de nomes científicos para organismos diferentes e a atribuição de nomes diferentes para o mesmo organismo. 

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Em resumo:

  • Os nomes científicos são universais, facilitando a comunicação entre os cientistas de todo o Mundo.
  • Existe uma hierarquia taxonómica com sete taxa: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género e Espécie.
  • O Reino é o taxon que engloba uma maior diversidade de organismos.
  • A Espécie é a unidade básica de classificação.
  • Atualmente, as Espécies são designadas por um sistema de nomenclatura binominal (género e epíteto ou restritivo específico).

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Regras de nomenclatura biológica
  • Área Pedagógica: Biologia
  • Tipologia: Explicador
  • Autoria: Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia - APPBG
  • Ano: 2020
  • Imagem: Foto de Kammeran Gonzalez-Keola no Pexels