Ciências da Vida: perguntar sempre
Manuel Graça nasceu na Venezuela, mas é em Portugal que a ecologia leva o seu contributo investigativo, em Coimbra. Desde os livros que lia em pequeno e que lhe diziam como era "O Mundo em que Vivemos", já correu muita água, até porque estuda os rios.
Organiza o seu dia a dia entre a preparação das aulas que dá no departamento de Ciências da Vida, em Coimbra, e a investigação sobre a forma como o material orgânico, como folhas e bocados de árvores, é integrado nas cadeias alimentares de fungos, bactérias, invertebrados, peixes e aves quando é depositado em rios. É precisamente à poluição em ecossistemas aquáticos, neste caso de pequenos rios, aquilo a que dedica Manuel Graça as suas horas de investigação.
Ter a oportunidade de fazer perguntas e de ir em busca das respostas é o que o move na ciência e não esquece os livros que quando tinha pouco mais de dez anos já o fascinavam e já lhe respondiam às primeiras perguntas que lhe passavam a mente.
Um dos grandes desafios que se põem actualmente à ciência, crê Manuel Graça, é tentar satisfazer as necessidades humanas em termos de alimentação, em termos energéticos, de recursos também, com o mínimo de perturbação no ambiente.