Os insetos, a caminho da extinção

Na Quinta da Cholda, perto da Golegã, existem longas faixas de terreno junto às áreas cultivados que têm apenas ervas, flores silvestres e arbustos. É uma forma de incentivar insetos e aves a aproximarem-se das culturas, ajudando ao seu desenvolvimento.

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Para os responsáveis por aquele espaço, trata-se de apostar na gestão equilibrada da paisagem e, em simultâneo, potenciar as culturas, até porque quase 80 por cento das plantas com flor e 60 por cento das agrícolas necessitam de insetos polinizadores para se desenvolverem. Com este tipo de aposta ganham-se novos trabalhadores, pequenos e muito aplicados, garantem os proprietários da quinta.

Foi também com o objetivo de criar uma espécie de santuário para insetos, que a Junta de Freguesia dos Olivais, em Lisboa, desenvolveu numa rotunda da cidade, aquilo que a chamou um Hotel para estes pequenos animais. Desta forma, aposta-se no seu desenvolvimento, na sua alimentação, e tenta-se evitar a propagação de pragas que atingem o tecido urbano.

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Estas são algumas das fórmulas que estão a ser utilizadas pelos especialistas para ajudar as populações, na tentativa de contrariar o que muitos já chamam de apocalipse dos insetos, um desaparecimento que estará em aceleração e que teria consequências gravíssimas para o equilíbrio do planeta.

Nesta reportagem, pode ouvir declarações de João Coimbra, da Quinta da Cholda, na Golegã; Sílvia Castro e Hugo Gaspar, investigadores do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra; Júlio Duarte, produtor de cereja; Felisbela Campos, responsável Assuntos Corporativos da Syngenta; Rui Simão, chefe de Manutenção de Espaços Verdes da Câmara Municipal de Lisboa.

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