O que é ser ativista?
Pode uma pessoa mudar o mundo? E as ações coletivas? O ativismo está aí para provar que sim. Levantar a voz em defesa de valores, causas e direitos é uma demonstração de capacidade social com inúmeros exemplos históricos.
No Brasil, Txai Suruí, defende os direitos dos povos nativos, contra a invasão de territórios e pela preservação da Amazónia. Nascida em Rondónia, no seio do povo Paiter Suruí, fundou, no seu Estado, o Movimento da Juventude Indígena e integra organizações de defesa ambiental. Outro exemplo de ativismo é personalizado pela síria Samar Yazbec. O que a move enquanto jornalista, escritora e cidadã ativa é a luta por direitos civis e políticos no seu país, para o qual defende um regime democrático.
São vários os tipos de intervenção pública por parte dos que levantam a voz contra injustiças, mobilizam comunidades, organizam protestos e campanhas. Seja como forma de ação coletiva ou individual, o ativismo procura sempre promover mudanças: sociais, políticas, ambientais ou outras que envolvam causas, direitos e valores.
Antes da era digital, os ativistas apoiavam-se em redes mais circunscritas, com reuniões presenciais, através de panfletos, manifestações nas ruas. Sem meios de ligação instantâneos, como as redes sociais, as mensagens demoravam mais a circular. Em todo o mundo há exemplos, em prol dos direitos civis e políticos, ações de resistência a ditaduras, pela independência de povos e culturas, em defesa de minorias e do ambiente. Mesmo com meios limitados, o ativismo sempre demonstrou ser capaz de transformar sociedades.
Nem sempre os ativistas seguem uma via mais institucional ou formas de luta padronizadas: muitas vezes, os movimentos de protesto surgem da experiência pessoal, com a opressão, ou por causas urgentes que exigem transformação.
Ficha Técnica
- Título: Programa Cautelar - Ativismo, temporada 2 - episódio 2
- Tipologia: Excerto de Programa
- Produção: Até ao Fim do Mundo p/RTP
- Ano: 2022