A biblioteca de Hitler, o ditador que queimava livros

Deixou a escola aos quinze anos, mas os livros, tal como a pintura e a música, tornaram-se uma obsessão. Leitor compulsivo desde os tempos de soldado da I Guerra Mundial, Adolf Hitler juntou milhares de títulos na sua coleção privada. O que lia o ditador?

Lia muito e lia de tudo, de forma indiscriminada, voraz e compulsiva. Adolf Hitler precisava dos livros para compensar a insegurança intelectual e para lhes retirar ideias e palavras que usava depois para sustentar o que pensava. Preferia novelas sem qualidade literária aos grandes clássicos, dava a mesma atenção a um tratado filosófico como a um livro sobre ocultismo. Das suas leituras fazem parte textos antissemitas e obras de teor militar.

No final da vida tinha 16 mil títulos na sua biblioteca, a maior parte da coleção perdeu-se. Só 1200 volumes ficaram para definir o perfil do ditador nazi nesta sua faceta de leitor obsessivo e, ao mesmo tempo, destruidor de livros que censurava e mandava queimar em fogueiras por toda a Alemanha. Os livros que restaram encontram-se, na sua maioria, na Biblioteca do Congresso, em Washington, e na Universidade de Brown, em Providence, também nos Estados Unidos.

Algumas das milhares de páginas que Hitler leu foram analisadas pelo investigador Timothy Ryback, que estudou ao pormenor notas, sublinhados e dedicatórias e apresentou estas e outras conclusões em “A Biblioteca Privada de Hitler”. O autor foi entrevistado pela jornalista Maria João Guimarães, que resume aqui o essencial da obra.

 

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Ficha Técnica

  • Título: Literatura Aqui - Os livros de Hitler
  • Tipologia: Extrato de Programa - Reportagem
  • Produção: até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2016