A curiosidade inata faz ciência

Mónica Bettencourt Dias trocou o Reino Unido pela entusiasmante possibilidade de fazer parte da decisão do que é e como se deve fazer ciência em Portugal. Pelo meio, escolhe as moscas da fruta para simbolizar o seu objecto de investigação: as células.

No Instituto Gulbenkian de Ciência, Mónica Bettencourt dedica-se à biologia das células. Mais especificamente, investiga a multiplicação das células e o modo como se movem. Se atendermos ao facto de que de uma única célula nascem os 100 triliões de células que nos compõem, o objecto de estudo é complexo.

Nada que intimide esta investigadora que, desde pequena, o que sabia era que queria investigar porque a curiosidade não a largava. Primeiro achou que seria o espaço e a astrofísica a levar a melhor, mas depois apareceu a biologia e o caminho estava encontrado.

É precisamente nessa complexidade de mecanismos de multiplicação e de movimento que podem estar respostas muito importantes para lidar com doenças como o cancro, onde as células se multiplicam descontroladamente. Mónica Bettencourt Dias simplifica, nessa táctica produtiva de encontrar respostas úteis à Humanidade e mostra-nos mosquinhas de fruta como o exemplo mais acessível, e mais ético, para se perceber o processo de multiplicação das células. O seu desafio é continuar a perceber como é que aquilo que faz pode ser mais directamente aplicado à medicina.

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Ficha Técnica

  • Título: 5 Minutos Com Um Cientista
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e RTP
  • Produção: Panavídeo
  • Ano: 2013