As Cartas de Luís Vaz de Camões

Génio universal imortalizado pelos Lusíadas, poeta de importante obra lírica, autor de três autos. O que poucos sabem é que Luís de Camões escreveu em momentos diferentes da vida, quatro cartas. Escritas com vivacidade e finura, são também o retrato de uma época.

As cartas podem não acrescentar glória ao poeta, no entanto, se atendermos às incertezas da sua biografia, estas quatro epístolas são peças importantes, porque delas ressaltam momentos da vida de Luís Vaz de Camões.

Usando a fluência e a graça que lhe são conhecidas, Camões escreve com à vontade sobre os costumes da Lisboa quinhentista, a intriga amorosa, anedotas da altura, fazendo também alusões à sua faceta boémia, deixando por vezes transparecer alguma melancolia.

Uma carta foi escrita em Ceuta, outra enviada da Corte a um amigo, na terceira “dá novas de Lisboa” e a quarta vem da Índia para Portugal, destino que tinha escolhido depois de uma rixa: “Enfim, Senhor, não sei com que me pague saber tão bem fugir a quantos laços me armavam os acontecimentos, como com me vir para esta.”

Depois dos ensaios sobre a lírica e a épica camonianas, Helder Macedo dedicou-se ao estudo destes documentos por considerar que também eles “ajudam a compreender aspetos” da poesia daquele que é conhecido como “o príncipe dos poetas”. Neste vídeo, o ensaísta, ficcionista e poeta faz ainda um breve enquadramento histórico da obra maior que é Os Lusíadas, publicada pela primeira vez em 1572, e cujo acontecimento central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

“Os Lusíadas”, de Luís de Camões
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“Os Lusíadas”, de Luís de Camões

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Ficha Técnica

  • Título: Ler+ ler melhor - "Camões e a Viagem Iniciática" de Helder de Macedo
  • Tipologia: Extrato de Magazine Cultural
  • Produção: Filbox produções
  • Ano: 2014