Lisboa no Renascimento, a cidade global

No século XVI a rua mais rica do mundo ficava em Lisboa, capital de um vasto império ultramarino. Joias, porcelanas, sedas, especiarias e outras mercadorias exóticas importadas de África, do Brasil e da Ásia estavam à venda na rua Nova dos Mercadores.

Nos gloriosos tempos das Descobertas, quando os navegadores portugueses cruzaram os oceanos e Portugal conquistou um vasto Império, Lisboa era o centro comercial do novo mundo que as caravelas ligavam nas rotas marítimas.

Na capital manuelina respiravam-se exotismos importados de África, da Ásia e do Brasil. As lojas enchiam-se de artigos de luxo, produtos desconhecidos ou raros, cobiçados por milhares de comerciantes europeus que faziam as suas compras na rua Nova dos Mercadores, a mais movimentada artéria da cidade que também desapareceu no terramoto de 1755.

Duas pinturas datadas do século XVI que estiveram em exposição no Museu de Arte Antiga, durante os primeiros meses de 2017, ajudam-nos a reconstituir o quotidiano dessa cidade cosmopolita e multicultural, onde se avistavam gentes vindas de toda a parte, de Pernambuco a Timor, sobretudo escravos africanos. Os quadros intitulados “Vista da Rua Nova dos Mercadores” e “O Chafariz D´El Rei da Ribeira Velha, em Lisboa” levam-nos numa viagem até ao tempo em que Portugal trazia novos mundos à Europa.

A historiadora Kate Lowe conta-nos aqui que Lisboa tinha já todas as características de uma cidade global.

 

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Literatura Aqui
  • Tipologia: Extrato de Programa de Artes e Cultura - Reportagem
  • Produção: até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2017