As conferências Aliadas do Cairo e de Teerão

A Conferência do Cairo – 22 a 26 de novembro de 1943 – serviu para delinear a estratégia dos aliados para derrotar o Japão e definir o futuro da Ásia no período pós-guerra, tendo reunido o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, o primeiro ministro britânico, Winston Churchill, e o presidente da China, Chiang Kai-Shek.

O encontro decorreu na casa do embaixador americano na capital egípcia, onde os dois principais líderes dos aliados – Roosevelt e Churchill – deram passos no sentido de preparar a invasão da Normandia, que teria lugar em junho do ano seguinte.

Com Chiang Kai-Shek foi discutido o futuro da guerra na Ásia, tendo ficado estabelecido que o objetivo passava não só por derrotar completamente o Japão, mas também por assegurar a independência a todos os territórios que o exército imperial tinha conquistado nas últimas décadas, incluindo a China e a Coreia.

Dias depois deste encontro teve lugar a Conferência de Teerão, entre 28 de novembro a 1 de dezembro de 1943, que juntou Churchill, Roosevelt e Joseph Estaline – o líder da Rússia – com este último a pressionar os aliados ocidentais para acelerarem a abertura de uma frente em França.

Durante a reunião aprofundaram-se pela primeira vez as questões políticas do pós-guerra. Estaline deixou claro que tinha interesse na anexação de novos territórios após o fim do conflito. Outro tema tratado na capital iraniana foi a criação e funcionamento das futuras Nações Unidas, assunto que tinha sido abordado pela primeira vez em agosto de 1942.

Churchill e Roosevelt regressaram posteriormente ao Cairo onde se reuniram com o líder da Turquia tentando, sem sucesso, convencê-lo a juntar-se aos aliados. Foi também nesta altura que o presidente americano informou o primeiro-ministro britânico que o comandante do planeado desembarque em França, em 1944, seria o general Dwight D. Eisenhower.

Nota: Este filme é um documento histórico relevante para retratar a II Guerra Mundial, o conflito mais mortífero de sempre, mas a sua produção estava também ao serviço da propaganda, instrumento usado por todos os beligerantes, circunstância que  deve ser tida em conta durante o visionamento.