Cancro da mama, o inimigo número 1 das mulheres
Ter este cancro não significa hoje uma sentença de morte. Mas apesar dos progressos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento, os números continuam a meter medo. Em Portugal são diagnosticados 4500 novos casos por ano. E todos os dias morrem quatro mulheres.
O cancro é uma doença causada por um crescimento descontrolado das células. Quanto mais cedo for detetado, mais hipótese existem de cura. No cancro da mama – que também atinge os homens -, a prevenção começa em casa. A partir dos 20 anos, devem fazer-se autopalpações regulares para despistar nódulos e ter muita atenção a pequenos sinais como o aumento do tamanho, prurido, corrimento no mamilo ou uma dor persistente. A entrada nos 40 obriga a uma vigilância médica rigorosa e à realização periódica de ecografias e de mamografias, exames que muito têm contribuído na descida da curva da mortalidade.
O risco de contrair patologia mamária depende da conjugação de alguns fatores, tais como excesso de peso, abuso no consumo de álcool, ter o primeiro filho depois dos 30 anos ou usar terapêutica hormonal de substituição. E há ainda a predisposição genética para a doença. O investigador do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Fernando Schmitt, diz que a vertente hereditária é determinante em cerca de 10% dos casos. Se os testes mostrarem que existem mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2, pode optar-se por uma cirurgia preventiva de remoção das duas mamas, como fez a atriz Angelina Jolie depois de descobrir que era portadora de um gene “defeituoso”.
A experiência de Sónia Gonçalves foi diferente. Também ela terá herdado da mãe a doença que se lhe anunciou em estado avançado: teve cancro, pensou morrer, perdeu auto-estima mas sobreviveu para nos contar a sua história. Neste vídeo descobrimos mais sobre esta doença que continua a ser a primeira causa de morte das mulheres portuguesas.
