Carlos Paredes, o mestre da guitarra portuguesa
Compositor e guitarrista brilhante, Carlos Paredes é considerado um dos melhores executantes da guitarra portuguesa, instrumento que ajudou a divulgar, com uma obra de várias décadas. A sua arte faz a banda sonora de filmes como Verdes Anos ou A Cidade.
Nasceu em Coimbra a 16 de fevereiro de 1925. Já o seu pai Artur e o avô Gonçalo eram exímios na guitarra portuguesa, e ao contrário do desejo da sua mãe, Carlos seguiu as pisadas do seu pai, com quem aprendeu “a tirar da guitarra sons mais violentos, como reacção ao pieguismo langoroso a que geralmente a guitarra portuguesa estava ligada”
Este inovadora forma de tocar o instrumento torna-se um sucesso devido à sua presença nos grandes ecrãs. Compôs bandas sonoras para filmes como “Verdes Anos”, de Pedro Rocha, “As pinturas do meu irmão Júlio”, de Manoel de Oliveira, “A cidade”, de José Fonseca e Costa e “P.X.O”, de Pierre Kast. Em 1967 gravou “Guitarra Portuguesa”, com Fernando Alvim na viola, seguido do “Movimento Perpétuo”, “Asas sobre o Mundo” e “Canções para Titi”. Destaca-se também a sua participação no teatro onde elaborou várias peças musicas.
Em 1993, Carlos Paredes soube que sofria de mielopatia, atacando-lhe a estrutura óssea e impedindo-lhe de tocar a guitarra. Desde dai os seus concertos tornam-se raros. Acabando por morrer vitima de insuficiência renal e respiratória a 23 de julho de 2004.