Cristóvão de Morais, retratista do rei mito

Pintor Maneirista da segunda metade do século XVI, produziu sobretudo retratos e retábulos. Cristóvão de Morais acompanhou os últimos anos da Dinastia de Avis e por duas vezes fixou a imagem de D. Sebastião em pose real.

Cristóvão de Morais ou Cristóvão de Morales? Português ou Castelhano? Dúvidas há sobre a origem deste pintor do século XVI, que viveu nos dois países. Na sua formação artística terá sido discípulo de Sanches Coelho e estudado em Antuérpia. São poucas as obras em que se tem a certeza ter sido ele o autor já que nesta altura não havia tradição de assinar encomendas.

Durante 20 anos centrou o seu trabalho em Portugal. A ele são atribuídos os dois  retratos de  D. Sebastião por evidenciarem semelhanças técnicas. O primeiro, de 1565, representa o jovem monarca com 11 anos, encontra-se em Madrid, no Mosteiro das Descalzas Reales. O outro trabalho, mandado executar pela rainha D. Catarina, está em exposição no Museu de Arte Antiga, em Lisboa

O Retábulo da capela-mor da Igreja do Convento da Conceição de Beja, terá sido também obra sua. Sabe-se também que recebeu pagamento pelo trabalho de pintar e dourar umas andas, por pintar uma liteira e pelo restauro do leito da rainha.

Cristóvão de Morais foi um pintor do Maneirismo, estilo anti-clássico que encerrou o Renascimento e anunciou o Barroco. Não há registo das datas de nascimento e morte.

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Ficha Técnica

  • Título: Grandes Quadros Portugueses
  • Tipologia: Extrato de Programa
  • Produção: Companhia das Ideias
  • Ano: 2013