Da agricultura biológica do avô à investigação do cérebro
As perguntas saem em catadupa, a memória dos ananases pequeninos que o avô plantava ficaram-lhe desde a infância e levaram-na a um mestrado em biologia celular sobre plantas medicinais. Foi aí que se deu o clique para Susana Cavados: queria investigar.
“-Como é que o apetite é regulado?”
“-Por que é que comemos mais de dia e não devemos comer de noite?”
“-Como surge a obesidade?”
“-Por que é que há pessoas mais obesas do que outras?”
“-E como é que uma parte muito pequena do cérebro, o hipotálamo, faz essa regulação?”
Estas são as perguntas de Susana Cavado, professora na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Neurociências e Biologia Molecular da Universidade de Coimbra.
Acha que o seu maior talento é incentivar as pessoas a ir sempre mais além nas perguntas que se fazem e para as quais procuram respostas. Por isso, divide-se entre as aulas e a investigação, supervisionando, corrigindo e incentivando uma equipa de investigadoras que com ela trabalham.
Acredita que, num futuro não tão longínquo, se poderá chegar a uma farmácia e aceder a medicina personalizada com uma análise rápida e feita no momento.