Gregório Lopes, o pintor da corte
Esteve ao serviço de dois reis portugueses, trabalhou em mosteiros, conventos e nas mais importantes oficinas de Lisboa. Gregório Lopes executou obras religiosas com técnica e mestria, Foi um artista do século XVI, entre o Renascimento e o Maneirismo.
Gregório Lopes (1490?-1550) é um homem do renascimento embora muitas das suas obras já contenham alguns traços do maneirismo, o novo estilo artístico que começa a alastrar na Europa.
A técnica e a mestria deste pintor português agradam a reis… Primeiro é D. Manuel I que requisita os seus serviços, depois D. João III que o nomeia por Carta Régia datada de 1522 que “fixa a tença anual de 5000 reais e um “moio de trigo”… nada comparado com o que irá receber pelos retábulos realizados para a Charola da Igreja do Convento de Cristo, em Tomar…168 mil reais! Um destes painéis, “Martírio de S. Sebastião” faz parte da coleção do museu de Arte Antiga de Lisboa.
Muito do ofício terá aprendido com Jorge Afonso. Não só trabalha na oficina deste pintor também régio e famoso, como fica ainda seu genro.
Gregório Lopes executa várias obras em conjunto com outros artistas. Ao lado de Garcia Fernandes e Cristóvão de Figueiredo por exemplo, faz os painéis do Mosteiro de Ferreirim , ficando os três artistas a ser conhecidos pelos Mestres de Ferreirim,
Na sua extensa obra identifica-se uma preocupação especial com o desenho, “fazia predominar o traço sobre a mancha”. A produção pictórica é vibrante e luminosa, composições dinâmicas mas ao mesmo tempo suaves.
Ficha Técnica
- Título: Grandes Quadros Portugueses
- Tipologia: Extrato de Programa
- Produção: Companhia de Ideias
- Ano: 2012