Jorge de Sena, o escritor que nos desafia a pensar

Criador de uma obra maior na poesia portuguesa, escreveu também sobre Camões e Pessoa e manteve uma longa zanga com Portugal dirigindo poemas violentos e sarcásticos "a um certo reino da estupidez". Auto-exilado por força da ditadura, Jorge de Sena nunca quis regressar à "ditosa pátria" do seu descontentamento. Traçamos aqui algumas linhas distintivas da poética do autor de Sinais de Fogo, para muitos o melhor romance do século XX português.

Nas facetas de ensaísta, tradutor, professor e crítico, Jorge de Sena (1919-1978) aproximou-se de muitos outros escritores de vulto, nacionais e estrangeiros. Leu-os, decifrou a voz mais íntima de quantos admirava; todos determinantes na formação daquele que foi um dos maiores intelectuais portugueses do século XX.

Ler Camões com Jorge de Sena
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Dos estudos produzidos sobre Camões ficou-lhe, talvez, o tom mais clássico. De Pessoa, diz-nos Fernando J.B. Martinho, a dialética do sentir-pensar. A poesia seniana desafia-nos tanto no seu testemunho mais sensível como na sua leitura sagaz e firme do mundo, resultado de uma “presença forte que nos põe a pensar”, sublinha o investigador. Outra linha a ter em conta na sua poética é o “mal-estar dele com o mundo e com a pátria”.

Jorge de Sena, escritor exilado
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Nesta peça produzida em 2009 com o contributo do documentário de Joana Pontes, “O Escritor Prodigioso”, começamos por ouvir a voz de Jorge de Sena, o poeta que “escreveu como se escrever fosse respirar”.

“Uma Pequenina Luz”, de Jorge Sena
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Ficha Técnica

  • Título: Câmara Clara - Jorge de Sena
  • Tipologia: Extrato de Programa Cultural - Reportagem
  • Autoria: Inês Fonseca Santos
  • Produção: RTP
  • Ano: 2009