Luis Cabral, o primeiro presidente da Guiné-Bissau

Estudou em Cabo Verde e na Guiné-Bissau e, neste último país trabalhou na Casa Gouveia e na área da contabilidade. Partilhou com o irmão, Amílcar Cabral, as ideias de luta contra o colonialismo e a ditadura do Estado Novo. Em 1956, os irmãos Cabral integraram o núcleo fundador do PAIGC.

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Quando, em 1959, as tropas portuguesas abriram fogo contra estivadores no porto de Bissau, matando entre 40 e 70 pessoas e ferindo cerca de uma centena, no que ficou conhecido como o Massacre de Pidjiguiti, o interesse da população na atividade do PAIGC cresceu.

O massacre levou também o recém-criado PAIGC a mudar as premissas da resistência ao colonialismo, passando a ser defendida uma ação menos passiva que fosse além da organização de manifestações, greves e intervenções semelhantes.

Luís Cabral deixou Bissau na sequência do massacre, empenhando-se na estabilização do partido e na criação de quadros civis e militares. Teve também um papel importante na obtenção de apoio externo para aceder a equipamento militar, materializando uma resistência armada que se tornou efetiva a partir de janeiro de 1963.

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Descolonizar

Durante o primeiro período da guerra, foi secretário-geral do PAIGC, assumindo a presidência do movimento após o assassinato do irmão, em 1973. Com a declaração unilateral da independência, a 24 de setembro de 1973, e a concessão da independência por parte de Portugal após 1974, Luís Cabral tornou-se o primeiro presidente do país.

Não teve um governo fácil, e a 14 de novembro de 1980 foi afastado do poder por um golpe de Estado liderado pelo então primeiro-ministro, João Bernardo “Nino” Vieira.

Luís Cabral acabou por se exilar, só voltando à Guiné-Bissau por curtos períodos. Morreu em Lisboa, com 78 anos de idade, a 30 de maio de 2009.

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