Luísa Holstein, a duquesa preocupada com o operariado

Aristocrata, artista no meio de homens, lutadora entre operários. Na arte procura o ideal de beleza, enquanto na rua enfrenta a realidade da pobreza. Vive em palácios e trabalha em cozinhas para os miseráveis. Luísa Holstein, terceira duquesa de Palmela, deixou uma obra social tão duradoura como as suas esculturas.

Maria Luísa de Sousa Holstein Beck (1841-1909), nasceu em berço aristocrático e apaixonou-se pela escultura em Paris, onde estudou, afirmando-se como uma das poucas mulheres dedicadas a esta arte em Portugal na segunda metade do século XIX. Num estúdio construído nas traseiras da casa também se dedicava ao desenho e à pintura.

Foi uma das mulheres mais abastadas do país e camareira da rainha D. Maria Pia, aproveitando o estatuto e riqueza para apoiar vários artistas e o mundo das artes. Ficaria ainda associada a iniciativas de apoio social, tendo criado as Cozinhas Económicas, onde eram servidas refeições à massa de operários que enchiam Lisboa atraídos pelas notícias de trabalho melhor pago que no campo.

A série documental “À porta da História”  traz para o domínio do grande público 13 portugueses que se destacaram no seu tempo e, através das suas ações ou da sua obra e conquistaram um lugar na galeria de notáveis. São personalidades com percursos inesperados e cheios de curiosidade que, por acasos do destino, deslizaram para uma zona obscura do mediatismo histórico.

Foram notáveis. Fizeram obra. Muitos deixaram seguidores e influenciaram as gerações seguintes, mas são pouco recordados nas efemérides, nas comemorações, nos manuais escolares ou nas páginas de jornais.

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Ficha Técnica

  • Título: À Porta da História - Luísa Holstein
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: Jorge Nunes/ Jorge Paixão da Costa/ Pandora da Cunha Teles
  • Produção: Ukbar Filmes/ RTP
  • Ano: 2015