Natal ortodoxo é em janeiro

É o mesmo natal, o de todos os cristãos, mas celebrado num momento diferente. Os ortodoxos festejam o nascimento de Jesus 14 dias depois dos católicos romanos. É uma questão de calendário que separa igrejas com uma história comum.

A Igreja Ortodoxa é a terceira maior confissão cristã (a seguir aos católicos romanos e aos protestantes) e a segunda maior instituição religiosa do mundo, depois da Igreja Católica Romana. Conta com cerca de 260 milhões de crentes, em particular nos países da Europa Oriental. Deriva da separação de Constantinopla e de Roma, resultando no que ficou conhecido pelo Cisma do Oriente (1054). Os ortodoxos reivindicam-se como os verdadeiros depositários da fé, os anunciados por Jesus e rejeitam alguns dogmas dos católicos romanos.

Ao contrário da Igreja Católica, que tem o Papa como patriarca, para os ortodoxos há um único chefe da Igreja, que é Jesus Cristo. O Santo Sínodo Ecuménico é a autoridade e é formado pelos arcebispos-primazes das igrejas autónomas e pelos patriarcas-chefes das igrejas autocéfalas, reunidos pelo Patriarca de Constantinopla. Na verdade, verifica-se que as diferenças entre ortodoxos e católicos são mais de ordem organizacional do que essencial.

Em Portugal, há um único padre ortodoxo português de nascimento, Alexandre Bonito, que preside à Igreja Ortodoxa Romena. Casado, como a maioria dos padres ortodoxos, celebra missa num ritual que é igual desde a fundação desta Igreja, onde apenas se veneram ícones e que segue o calendário juliano e não o gregoriano, o que explica que muitos ortodoxos festejem o natal a 7 de janeiro e não a 25 de dezembro. Uma explicação para conhecer nesta reportagem.

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Ficha Técnica

  • Título: Outras Histórias - Natal em janeiro, temporada 2 - episódio 34
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: José Ramos e Ramos / Mário Piteira / Paulo Lourenço / Luís Moreira / Sofia Pedro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2019