O cérebro do homem e o da mulher são diferentes?

Sim, são. Até porque todos os cérebros são diferentes. Não apenas determinados pelo género sexual, mas pelo mundo de experiências a que são sujeitos. É que o explica a neuroimagiologista Georgina Rippon, que tem dedicado o seu trabalho a desmontar o mito de que o cérebro feminino é menos capaz do que o masculino.

Tal como em muitas outras questões, o preconceito chegou à ciência. O facto de as mulheres terem sempre sido consideradas seres inferiores na sociedade fez acreditar que a sua capacidade cerebral e, por consequência, o tamanho do seu cérebro fosse inferior ao dos homens. As diferenças existem, mas não afetam as capacidades entre géneros, mas sim entre sujeitos.

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As especificidades refletem sobretudo os papéis sexuais que cada um vai desempenhar, não as capacidades cognitivas. A questão é que à criança, quando ainda está no ventre da mãe, começa a ser-lhe traçado um caminho muito direcionado apenas pela definição dos cromossomas.

E assim é ao longo da vida: legos para meninos, bonecas para meninas, logo os rapazes terão mais aptidão para engenharia e elas para profissões educativas. Assim se constrói, pela sociedade, toda uma forma de raciocinar que acaba por criar um mito que chega à ciência.

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Ficha Técnica

  • Título: Fronteiras XXI - De que é capaz o cérebro humano - temporada 4, episódio 6
  • Tipologia: Programa
  • Produção: RTP / Fundação Francisco Manuel dos Santos
  • Ano: 2020