Opus Dei, Os Segredos da Obra

Há quem viva nos centros da Obra, há quem opte pelo celibato e, de um total de mais de 1600 membros em Portugal, há quem use as disciplinas – pequenos chicotes e o cilício. Chamam-lhe “Mortificação “e é um sinal de união a Cristo através do sofrimento. A presidir à orientação dos fiéis do Opus Dei está a visão do trabalho como via para a santificação. Uma organização onde os sexos e os seus papéis estão perfeitamente definidos e onde é unânime e inequívoca a reprovação do aborto, da contraceção e da eutanásia.

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Com uma visão detalhada sobre esta instituição católica e a sua presença em Portugal desde meados do século XX, a RTP entra na Obra e os seus membros desfazem alguns dos mistérios que a envolvem. Com uma atividade inicial focada nas universidades e círculos intelectuais, o Opus Dei expandiu-se e tem hoje uma presença significativa no país, com influência em setores que vão da banca à política, além da educação.

Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei

Trata-se da única prelazia pessoal reconhecida pelo Vaticano – uma espécie de igreja particular que atende às leis da Igreja Católica Apostólica Romana, mas não depende dela. Tem estatutos e código de direito próprios, bem como governo e sede, em Roma. Foi fundada em Madrid, em 1928, pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer, canonizado em 2002, e está presente em 59 países. Assenta na ideia de que todos podem alcançar a santidade através de atividades triviais, sem necessidade de vida monástica ou clerical.

Desde sempre foi grande a controvérsia em torno desta organização, com críticas sobre a influência em setores chave da sociedade e pelo poder sobre os seus membros, embora os fiéis realcem a liberdade de opção, inclusive na entrega total ou parcial dos rendimentos à instituição. Mas há também que veja no Opus Dei uma força positiva na sociedade, que oferece orientação espiritual e profissional, com os seus membros a destacarem a ética do trabalho, a educação e a responsabilidade social.

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