Para Marte, a toda a velocidade

Chegámos há apenas 100 mil anos a um planeta que existe há quatro milhões e meio e numa pequena fração de tempo estamos a destruir aquilo que foi criado durante todo esse período. Tendo em conta que colocar meio quilo de peso na órbita da Terra se paga a preço de ouro, nas próximas décadas vão ser gastas fortunas indizíveis para alcançar e colonizar outro planeta.

Já deixamos de olhar para o Espaço como algo longínquo e começamos a aceitá-lo como uma extensão habitável da Terra. Para chegar a Marte, uma nave espacial demora o mesmo tempo que uma nau levou de Lisboa à Índia – quase um ano. Em cinco séculos, o Homem passa da descoberta dos oceanos para a aventura interplanetária.

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O esgotamento dos recursos terrestres, por um lado, bem como o avanço tecnológico, por outro, vão levar à migração para novos mundos e à colonização de outros espaços no Universo. Marte, devido às suas caraterísticas, nomeadamente à existência de água, apresenta-se a passos largos como a futura nova casa da espécie humana.

Mas como tornar o planeta vermelho habitável? Com a criação de condições de vida semelhantes às da Terra para que se torne mais acolhedor para a espécie e possibilite uma vida parecida com a que temos. Mas se alterarmos o seu ambiente, não estaremos a destruir a sua essência, tal como fazemos agora com a Terra? Colonizar Marte pode ser o princípio do seu fim.

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