Porque devemos ler Jorge de Sena?

Escreveu quase dois mil poemas e centenas de páginas de contos, novelas, romances, peças de teatro. Prolífico, poliédrico, polémico e provocador, Jorge de Sena aventurou-se em todos os géneros, porém a obra vasta e complexa nem sempre lhe trouxe o reconhecimento merecido. Talvez o país fosse demasiado pequeno para o seu talento, a sua óbvia superioridade intelectual. Ou o seu discurso corrosivo incomodasse demasiado críticos e académicos. Certo é que o poeta é uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa do século XX. Será suficiente para o incluirmos nas nossas leituras? A questão abre a conversa de dois professores de literatura.

Há que ler e saber ler os versos e os textos de Jorge de Sena. A obra convoca-nos a uma reflexão sobre o Homem e o seu lugar no mundo, a sentir e a pensar sem ceder a lirismos medíocres. A poesia, vocação primeira e insubstituível, revitaliza. A ficção, poderosa, confirma a competência técnica e intelectual do poeta. Se juntarmos o trabalho ensaístico e as traduções, temos a obra monumental que Jorge Fazenda Lourenço e Jorge Vaz de Carvalho consideram superior.

Voltamos à questão inicial: Porque devemos ler Jorge de Sena?

“Sinais de Fogo”, de Jorge de Sena
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“Noutros Lugares”, de Jorge de Sena
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Ficha Técnica

  • Título: Nada Será Como Dante - Jorge de Sena
  • Tipologia: Extrato de Programa Cultural
  • Produção: até ao Fim do Mundo
  • Ano: 2021