Santa-Rita Pintor, pioneiro do futurismo
Porventura o primeiro futurista português, impulsionador do movimento do "Orpheu", Santa-Rita Pintor era admirador confesso de Pablo Picasso e foi adepto do cubismo. Esta obra icónica, uma das poucas que lhe sobreviveram, contém a essência deste breve movimento que chegou a Portugal no início do século XX.
Faz os primeiros estudos em Lisboa, na Escola Superior de Belas Artes. Depois, já bolseiro em Paris, liga-se aos mestres do modernismo, absorve as novas linguagens estéticas que cortam com o passado e procuram influenciar não só a produção artística como toda a sociedade em mudança do início do século XX.
Em 1914, o pintor proclama-se o único futurista declarado em Portugal e decide ser o porta-voz da nova corrente que terá uma curta existência. Ao lado de Almada Negreiros faz uma primeira apresentação do movimento aos portugueses no Teatro da República em Lisboa, publica um único volume de Portugal Futurista e colabora no n.º 2 da revista Orpheu.
Santa-Rita Pintor nunca chegou a expor em Portugal. Alguns quadros foram reproduzidos em publicações, mas poucos lhe sobreviveram. O artista quis que a obra morresse com ele e pediu à família para queimar tudo após a sua morte. Entre os que escaparam está “Cabeça Cubo-Futurista”, uma peça central da modernidade portuguesa que se encontra em exposição no Museu do Chiado em Lisboa.
Os trabalhos de Santa-Rita Pintor, de seu nome completo Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita (1889-1918) , denunciam tendências cubistas e uma forte admiração por Pablo Picasso.
Ficha Técnica
- Título: Grandes Quadros Portugueses
- Tipologia: Extrato de Programa
- Produção: Companhia de Ideias
- Ano: 2012