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Sistemas de classificação fenéticos e filogenéticos

Sistemas de classificação fenéticos e filogenéticos

Havendo um número tão elevado de espécies de seres vivos, torna-se necessário organizá-las em grupos de modo a facilitar o seu estudo e identificação. Na elaboração dos vários sistemas de classificação, pode recorrer-se a variados critérios que, ao longo do tempo, foram evoluindo à medida que o estudo dos seres vivos se tornou cada vez mais pormenorizado.

A Sistemática é uma ciência que se dedica à separação dos seres vivos de acordo com as relações de parentesco, tendo em conta o seu processo evolutivo.  

Taxonomia é a área da Biologia que se ocupa da classificação dos seres vivos em grupos, segundo determinados critérios, atribuindo-lhe um nome (Nomenclatura). 

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Os sistemas de classificação dos seres vivos foram sofrendo, ao longo do tempo, modificações face aos critérios que eram usados. Os avanços científicos e tecnológicos fizeram aumentar o conhecimento das características dos seres vivos, emergindo critérios de classificação mais rigorosos e diversificados. 

Entre os sistemas de classificação existentes, destacam-se dois:  

  • o fenético ou horizontal e  
  • o filogenético, filético ou vertical. 

As classificações fenéticas não têm em conta o fator tempo nem a evolução dos seres vivos e podem basear-se num número reduzido de caracteres, formando grupos de organismos muito heterogéneos (artificiais) ou em numerosas características dos seres vivos (naturais). As classificações naturais, desenvolveram-se, principalmente, a partir da época dos Descobrimentos, face ao aumento significativo do conhecimento de novas espécies. De qualquer modo, os caracteres são sempre objetivos, facilmente mensuráveis e comparáveis, baseando-se nas semelhanças morfológicas evidenciadas pelos seres vivos, tornando rápida a sua identificação. Uma desvantagem deste tipo de classificações reside no facto de nem todas as características físicas semelhantes corresponderem a uma proximidade evolutiva. As classificações fenéticas podem ser representadas em chaves dicotómicas, diagramas encaixantes, dendogramas. 

As classificações filogenéticas, por outro lado, consideram o fator tempo, sendo, por isso, dinâmicas e objetivam o conhecimento evolutivo dos seres vivos. Nestas, sobressai a relevância da filogenia e os aspetos morfológicos assumem menor significado. A recorrência a dados da Paleontologia, da Embriologia, da Bioquímica e da Anatomia Comparada, entre outros, tornam possível o estabelecimento de pontos de divergência na elaboração de cladogramas (e representação em árvores filogenéticas), efetivando o estudo da história evolutiva das espécies. Este tipo de classificação é bastante útil na classificação de forma fósseis, cujas relações de parentesco são mal conhecidas. 

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Em resumo:

  • A Sistemática baseia-se na Biologia Evolutiva e na Taxonomia para o estudo da Biodiversidade e da história evolutiva dos seres vivos.
  • A Taxonomia é um ramo da Biologia dedicada à classificação, à identificação e à atribuição de nomes aos seres vivos.
  • Atualmente, distinguem-se dois tipos principais de classificações de seres vivos: fenéticos e filogenéticos.
  • Os sistemas de classificação fenéticos refletem, sobretudo, afinidades morfológicas entre os seres vivos.
  • Os sistemas de classificação filogenéticos exprimem as relações evolutivas entre os seres vivos, tendo em conta o fator tempo.

Temas

Ficha Técnica

  • Título: Sistemas de classificação fenéticos e filogenéticos
  • Área Pedagógica: Biologia
  • Tipologia: Explicador
  • Autoria: Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia - APPBG
  • Ano: 2020
  • Imagem: Foto de Blue Bird no Pexels