A história do Hino Nacional

O Hino Nacional, também conhecido como “A Portuguesa”, foi composto em 1890 como uma canção de protesto na sequência do ultimato inglês. Adotada pelos republicanos, veio a transformar-se no hino em 1911.

A letra de ‘”A Portuguesa” foi escrita por Henrique Lopes de Mendonça e a música composta por Alfredo Keil.

O tema surge em 1890 na sequência do ultimato inglês que exigia a retirada dos portugueses dos territórios entre Angola e Moçambique. A imposição foi considerada uma afronta ao país, mas a coroa, apesar dos protestos, pouco pôde fazer para reverter a situação.

A versão completa de “A Portuguesa” afirmava a independência e apelava ao patriotismo contra os “Bretões” (britânicos), palavra que foi substituída na versão atual pela palavra “Canhões”. Foi rapidamente adotada pelos revolucionários republicanos que a cantaram quando em 31 de Janeiro de 1891 tentaram, no Porto, um primeiro golpe de estado para derrubar a coroa. A monarquia proibiu-a.

Com a implantação da República em 1910 a canção voltou a ouvir-se nas ruas e foi consagrada como Hino Nacional em 19 de junho de 1911 pela Assembleia Constitutiva.

 

Letra de “A Portuguesa”

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!

Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!