O cinema antes e depois de Abril

O 25 de Abril foi também uma revolução nas salas de cinema portuguesas, abrindo as portas a filmes que, durante o Estado Novo, nunca teriam lugar nas nossas telas. Já a produção de filmes nacionais não conheceu a notoriedade a que muitos aspiravam.

“O Couraçado Pontemkine”, um filme soviético sobre a revolução russa, lançado em de 1925, e o “Último Tango em Paris”, uma produção erótica ítalo-francesa de 1972, só chegaram às salas portuguesas depois de abril de 1974, porque os serviços de censura do Estado Novo tinham impedido a sua divulgação. Revelaram-se sucessos instantâneos, ficando em cartaz durante meses.

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Durante o Estado Novo, os filmes só podiam ser projetados com autorização da Inspeção Geral de Espetáculos e, em alguns casos, a exibição de fitas não conformes com as diretivas podia significar a passagem pelas prisões da PIDE/DGS, como aconteceu diversas vezes.

A vaga de liberdade que chegou às salas acabou por não ter reflexos na produção cinematográfica nacional. Os realizadores entendem que a falta de apoio e a ausência de uma política de desenvolvimento do setor impediram que a indústria conquistasse relevância, tanto internamente como no estrangeiro.

Sons de abril: Cinema dita tendências
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Ficha Técnica

  • Título: E depois de Abril: cinema
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Teresa Nicolau
  • Produção: RTP
  • Ano: 2014