Epicuro: o prazer é igual à felicidade máxima?

Para Epicuro, a felicidade reside no prazer. Mas, viver para o prazer, como se não houvesse amanhã, será a mesma coisa que ser feliz? Não é também verdade que tratamentos dolorosos podem permitir obter a saúde?

A felicidade é igual à quantidade máxima de prazer, que pode ser igual à quantidade mínima de sofrimento, segundo Epicuro. O objetivo da vida, deve ser então maximizar o prazer e minimizar a dor. Para este filósofo grego, deve considerar-se não apenas o prazer físico, mas também o bem-estar mental e emocional. O prazer é a ausência de desconforto físico e mental.

A sua forma mais elevada é a tranquilidade mental ou “ataraxia”. Esta é alcançada promovendo uma vida simples, modesta, livre de desejos excessivos, ansiedades ou preocupações existenciais. Neste estado, é possível evitar dor e angústia e experimentar uma sensação duradoura de contentamento.

É na razão humana que Epicuro baseia a escolha da hierarquia dos prazeres para alcançar o bem-estar, porque nem todos  são iguais e, a longo prazo, alguns podem provocar mais dor do que prazer.

Epicuro,  viveu entre 341 a.C. e 270 a.C. Nasceu na ilha de Samos, no Mar Egeu. Pertencia a uma família de colonos atenienses e a sua educação inicial foi influenciada pelas obras de Demócrito, um filósofo pré-socrático conhecido pela sua teoria atómica do universo. Em Atenas, fundou a sua escola e método, que até hoje perdura como Epicurismo.

 

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Ficha Técnica

  • Título: É um Clássico
  • Área Pedagógica: Filosofia
  • Tipologia: Programa
  • Autoria: António Caeiro
  • Produção: RTP
  • Ano: 2017
  • Imagem: reprodução do busto de Epicuro, Metropolitan Museum of Art, em Wikiemedia commons