Uma ilha deserta no rio Douro

Neste pequeno pedaço de terra banhado pelo rio Douro cruzam-se histórias e lendas antigas que lhe ditaram os dois nomes que tem. Por causa das ruínas de uma torre defensiva medieval chamaram-lhe Ilha do Castelo mas, em alusão ao amor trágico entre uma fidalga e um camponês, ficou também a ser a Ilha dos Amores. Em 1977 foi classificada como Imóvel de Interesse Público.

As primeiras escavações arqueológicas na única ilha que o Douro tem, revelaram vestígios de uma outra história que nada tinha que ver com a misteriosa lenda do amor entre uma fidalga e um camponês, contada durante gerações e repetida à RTP por José Manuel Carvalho, vereador da Câmara de Castelo de Paiva, em 2015.

O que o arqueólogo António Lima – que também fala na presente reportagem -, ali encontrou nos anos noventa, eram marcas dos alicerces de um castelo medieval talhados nas rochas, datado do século XII. Essa torre defensiva terá dado o nome ao concelho de Castelo de Paiva. Nas campanhas que organizou, descobriu ainda um segundo núcleo de ruínas da antiga Ermida de S. Pedro.

São estas peças do passado, fragmentos da história de uma região, que acrescentam encantos à pequena ilha com 29 metros de altitude e 1400 metros quadrados. Quem lá vai a banhos ou fazer um piquenique poderá em breve trilhar os caminhos de um museu a céu aberto. O cais da Ilha do Castelo ou da Ilha dos Amores, como se preferir, está a curta distância da outra margem. Basta um barcos a remos ou a motor e a exploração pode começar. Ou fazer um clique e ver esta peça.

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Ficha Técnica

  • Título: Ilha dos Amores - Atração Turística no Rio Douro
  • Tipologia: Reportagem
  • Autoria: Andreia Filipa Novo
  • Produção: RTP
  • Ano: 2015