Pedro Homem de Melo, poeta e folclorista
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo nasceu e morreu no Porto. Formou-se em Direito, advogou, foi magistrado e professor liceal. Foi também autor premiado, vindo a tornar-se especialista do cantar popular, com reconhecimento enquanto dedicado folclorista.
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Melo nasceu em 1904 e estreou-se em 1934 com o livro de versos “Caravela ao Mar”. Pertence à geração de poetas presencistas e é autor de uma obra poética extensa, com cerca de 25 volumes de poesia. Surpreende pela consistência de características métricas, temáticas e retóricas que mantém, quase da mesma forma, de livro para livro. Anda à volta do tema da revolta, do desafio da lei ou da repressão moral, mitificando assim a figura de Povo.
Segundo Joaquim Manuel Magalhães, os poemas de Pedro Homem de Mello aglomeram-se em dois grandes grupos: aquele em que alguma realidade da paisagem humana e natural do norte minhoto ao centro litoral irrompe e se destaca, e um outro em que a densidade conflituosa das paixões se regista numa manifestação lírica, quase confessional.
Paralelamente à obra poética, é notória a paixão pelo folclore português, temática que o interessou e sobre a qual escreveu vários ensaios e desenvolveu programas de rádio e de televisão.
Foi distinguido com o Prémio Antero de Quental (1940) e o Prémio Nacional de Poesia (1973). A sua obra poética encontra-se compilada em Poesias Escolhidas (1983). Como estudioso do folclore nacional, escreveu A Poesia na Dança e nos Cantares do Povo Português (1941) e Dança de Portugal (s/d).
Pedro Homem de Melo morreu aos 80 anos, também no Porto.