Operação de Nó Górdio
A Operação Nó Górdio, executada em em 1970, envolveu cerca de oito mil tropas portuguesas que, durante alguns meses, realizaram ações tendo em vista eliminar bases e linhas de abastecimento dos guerrilheiros da FRELIMO em Moçambique.
A Operação Nó Górdio prolongou-se por sete meses causando cerca de 130 mortos e oitenta feridos entre as forças portuguesas e mais de 600 baixas entre as forças da FRELIMO. Os militares portugueses capturaram ainda 1800 guerrilheiros durante as operações.
O objetivo desta ação militar foi eliminar várias bases da FRELIMO instaladas na zona do Planalto dos Macondes, perto da fronteira com a Tanzânia, e, simultaneamente, cortar as rotas de abastecimento para desarticular e eliminar aquela força rebelde.
Comandadas pelo general Kaúlza de Arriaga, as tropas portuguesas integravam várias unidades de forças especiais – Comandos, Paraquedistas e Fuzileiros – artilharia de campanha e reconhecimento.
Os planificadores portugueses consideraram a operação um sucesso após a captura de muitos inimigos e material bélico. Isso não impediu, no entanto, a FRELIMO de continuar a sua ação militar e realizar operações noutros pontos do país, razão porque outros especialistas consideram que a operação ficou longe de cumprir os objetivos iniciais.